segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

CHÁ VERDE

CHÁ VERDE Camélia Sinensis

Há uma lenda chinesa em que se conta que esse chá teria sido descoberto por acaso em 5000 antes de Cristo, quando o imperador chinês Shen Nong fervia a água para purificá-la e caíram folhas de um arbusto levadas pelo vento, nessa água fervente. Devido ao aroma delicioso que saia da mistura, resolveu prová-la e surpreendeu-se com o sabor. Somente em entre 618 à 907 antes de Cristo que o chá estabelece-se como bebida diária para os chineses.

O Japão contribuiu muito para divulgar esse chá e produzi-lo de modo a preservar suas potencialidades.

Os chás verdes são os que sofrem menos transformações e sua fabricação é ainda hoje, em grande parte, artesanal.

A primeira etapa é a breve torrefação no vapor das folhas recém-colhidas, isso inativa enzimas responsáveis pela fermentação das folhas e conserva sua cor original. Depois de frias e secas, as folhas são enroladas sobre si mesmas em pequenas bolas, de modo a quebrar as células das folhas e liberar os aromas. Em seguida sofrem a secagem sendo enroladas em bolas cada vez menores. Até adquirirem a forma de uma agulha. Essas etapas determinam a qualidade do produto.

O chá preto também é Camélia Sinensis, porém o seu processo de secagem faz com que sejam eliminadas as propriedades anticancerígenas do chá.

O chá verde é uma bebida rica em uma classe de polifenóis chamados flavonóides ou catequinas, que são moléculas com os maiores potenciais anticâncer desse chá.

No funcionamento da planta as catequinas tem a propriedade de ser antifúngica e antibacteriana, úteis para a planta resistir aos agentes patogênicos.

O EGCG ou epigalocatequina galato é a principal catequina do chá verde e encerra seu maior potencial anticancerígeno.

É importante observar que um bom chá é aquele que teve bom lugar de cultivo, foi respeitada a estação da colheita e os processos de fabricação. De acordo com pesquisa de Richard e Denis, os chás verdes japoneses possuem muito mais EGCG que os chineses.

O tempo de infusão das folhas é importante para que aumente a presença de polifenóis. Em um chá que ficou em infusão por 5 minutos, extrai 20% das catequinas que poderiam estar plenamente presentes num chá com infusão de 8-10 minutos. Um chá de pouca qualidade, sem respeitar normas de secagem e empacotamento pode conter 60 vezes menos polifenóis do que um chá de excelente qualidade e com uma infusão adequada. E isso pode ter um impacto considerável no potencial de prevenção do câncer do chá verde.




IMPACTO DA VARIAÇÃO DO CONTEÚDO EM POLIFENÓIS DO CHÁ VERDE

Chineses que bebem um chá tikuan Yin ( 2 minutos de infusão ) = 9 mg de polifenóis em uma xícara.

Japoneses que bebem um chá Gyokuro ( 10 minutos de infusão ) = 540 mg de polifenóis em uma xícara

Fonte: Beliveau, Richard. “Os alimentos contra o câncer”. Vozes, 2005, p 130.

Outros estudos sugerem

-proteção contra o câncer da Bexiga, da próstata, do rim, da pele, da boca, da mama, e algumas leucemias.
- diminui riscos de doenças cardíacas.
- atua contra a pressão alta.
- previne cáries
- combate vírus da gripe.

Certa vez ouvi o seguinte relato sobre o chá verde:

“Meu marido estava com o fígado inchado e o médico queria operá-lo, ou tirar um pequeno pedaço para analisar e ver o que estava causando esse aumento do fígado. Sabendo disso, uma vizinha nos trouxe um pouco de chá verde e nos ensinou a tomar e esperar para ver como tudo ficaria. Em 7 dias o fígado desinchou completamente e o médico o examinou e se admirou e disse: -Não importa o que o senhor fez : “ continue assim pois está curado.”

Esse chá é poderoso na desintoxicação do organismo como um todo. Foi o que aconteceu com essa pessoa acima.


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